Cenário transformado

Buscar

Cenário transformado

Personalização, retail media e inteligência artificial estão entre os desafios dos executivos indicados à categoria Profissional de Veículos deste ano

Thaís Monteiro
30 de outubro de 2023 - 13h36

 

Naves, da Record; Celia, da Amazon Ads; e Bebiano, do Google: desafios, mas também oportunidades (crédito: divulgação)

Se existem os obstáculos, simultaneamente, surgem oportunidades para os profissionais de veículos. Nas agências e anunciantes. Com experiência nessas duas pontas do ecossistema, Alarico Naves assumiu a vice-presidência comercial multiplataforma do Grupo Record há dois anos, na qual comanda as áreas comercial, de marketing e multiplataforma. Antes disso, passou pelo Banco do Brasil, trabalhou em agência e estava há 17 anos na Record TV de Brasília. Com base na sua trajetória, Naves identifica que o cenário de conteúdo tem se transformado e tem sido pautado, sobretudo, nos pilares de agilidade, inovação e personalização. “Diante disso, o maior aprendizado dos últimos anos tem sido trabalhar esse conteúdo de forma criativa, contribuindo para os objetivos de comunicação de cada anunciante, independentemente do canal definido”, afirma.

Para isso, o Grupo Record mudou seu posicionamento ao adotar postura mais técnica, consultiva e personalizada para conquistar novos anunciantes e recuperar antigos parceiros. Para o ano que vem, o executivo está focado em fortalecer os principais canais multiplataforma, linear, online e de streaming com base em dados.

Alguns canais de mídia ascenderam no último ano, como os marketplaces e os streamings, quando começaram a lançar versões com anúncios. Nesse movimento, a Amazon, com a operação Ads, trabalha na inserção de marcas tanto em marketplace quanto em streaming. Na liderança da operação brasileira como general manager, Celia Goldstein assume como desafio da empresa divulgar tais formatos e desmistificar a retail media que vai além da verba destinada a e-commerce ou para conversão. “Retail media também representa a capacidade que marcas têm de conversar com a audiência através de insights extremamente ricos. É certo que eles podem ajudar na venda, mas muito pode ser feito na construção da marca”, diz. Na perspectiva da profissional, o streaming representa outro universo em expansão e o time se esforça em se manter atualizado sobre as rápidas mudanças da audiência para oferecer melhor experiência para as marcas. Além de general manager na Amazon Ads, Celia é conselheira da IAB Brasil e passou pelo Spotify, Facebook, Fbiz, Garage Interactive Marketing, UOL e Webmotors.

Tanto o ano do Google quanto o de Marco Bebiano, diretor de negócios dos segmentos de bens de consumo, moda e beleza, governo e tecnologia do Google Brasil, foram pautados, em grande parte, pela popularização da inteligência artificial (IA). Embora a empresa já lide com a tecnologia desde 2016, foi este ano que o mundo passou a olhar de forma mais aprofundada para a IA, o que gerou questionamentos sobre os potenciais transformativos da tecnologia.

O executivo, que também é presidente do conselho do IAB Brasil e acumula passagens pela Agência Click, Raiz Digital e Modem Media, acredita que IA tem o potencial de transformar a forma como as pessoas interagem com a mídia, usada para criar experiências mais personalizadas e envolventes. “A oportunidade é enorme e nossos maiores momentos e experiências, este ano, tem sido atuar ao lado dos parceiros mostrando como a evolução da IA pode ajudá-los em seus negócios. É uma tecnologia que pode ajudá-los a inovar e tomar decisões mais assertivas em cenário no qual a jornada de consumo está mais desafiadora”, afirma. Para isso, para o futuro, Bebiano prevê que a mídia ainda deve enfrentar a falta de qualificação dos profissionais em IA, a proliferação de novos canais, a dispersão na economia da atenção e o fim do uso de cookies de terceiros.

Compartilhe

  • Temas

  • Alarico Naves

  • Marco Bebiano

  • Celia Goldstein

  • caboré

  • google

  • record

  • amazon ads

Patrocínio

Realização